Hoje o assunto não é uma viagem, é uma filosofia de vida que me encanta: a conscienciologia.
Para explicar melhor sobre esse assunto fui até o CEAEC – Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, em Foz do Iguaçu. O Gabriel Curan, que é conscienciólogo, que recepcionou. Ele respondeu as minhas dúvidas, me ajudando a desmistificar o tema.

O que é a conscienciologia?
É uma filosofia, com status de ciência entre seus seguidores, que baseia-se no princípio da descrença: “Não acredite em nada, nem mesmo no que dizemos e escrevemos. Experimente: tenha suas experiências pessoais.”
Apesar de romper com as crenças e dogmas das religiões, tem suas semelhanças com o espiritismo. Além disso, essa filosofia também se relaciona com outras linhas de pensamento do campo da ciência, como a psicologia e a física quântica.
Estuda a consciência – o ser, o ego, a alma, o princípio inteligente – e suas diversas formas de manifestação. A consciência é “você”, como algo maior, um ser vivo autoconsciente que se manifesta em outras dimensões fora da vida humana.
O nome dessa filosofia vem do Latim: conscientia – com conhecimento, e do Grego: logos, que significa estudo. Estuda a consciência “inteira”, considerando todos os seus corpos, dimensões e existências, em um enfoque integrado.

Para essa filosofia, a consciência não é o corpo físico nem um produto da imaginação ou das funções cerebrais, e sim a nossa realidade maior, mais do que a energia e a matéria, que também são outras de nossas realidades.
A conscienciologia acredita então que possamos nos manifestar além do corpo humano e, portanto, do cérebro. E que esse fato pode ser verificado por meio das experiências fora do corpo.
Quando e como surgiu a conscienciologia?
Ela foi fundada no Brasil, na década de 80. Waldo Vieira, médico e dentista, foi o seu fundador, ele trabalhava com Chico Xavier em suas atividades religiosas.
Depois de algum tempo, Waldo passou a sentir a necessidade de explicar os fenômenos de forma científica, distanciando-os do dogma do espiritismo e das outras religiões. Por esse motivo, decidiu romper com o espiritismo, fundando sua própria escola filosófica.
O CEAEC foi construído em 1995, quando Waldo Vieira, Amaury Pontieri (pai do Gabriel Curan) e outras pessoas envolvidas viabilizaram a construção da sede da instituição. Quando chegaram, o local era uma mata: construíram realmente tudo do zero.

Todo trabalho realizado é voluntário e tem várias instituições envolvidas, como a OIC – Organização Internacional de Consciencioterapia e o IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologi a.
Como as pessoas sobrevivem se elas são todas voluntárias?
O trabalho voluntário é uma atividade complementar. As pessoas que ajudam têm seus trabalhos profissionais fora dali.
Como funciona?
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As pessoas têm no seu imaginário, uma referência de espíritos que está ligada ao lúdico, porque veem isso desde sempre em filmes e em outras obras.
A ficção tem o papel de impressionar, a visão que o conscienciologista tem do espírito é um pouco diferente.
As pessoas que morrem, não ficam aparecendo o tempo todo para qualquer pessoa, portanto elas estão em dimensões diferentes e quem pode vê-lo, provavelmente está sintonizado com essa realidade de alguma forma, em altas ou baixas frequências energéticas.
Por que o Brasil?
O Brasil é um dos territórios com maior miscigenação do mundo, além da sua grandeza. Tem liberdade religiosa e muitos adeptos das religiões espiritualistas. Estas pessoas estão buscando e, de alguma forma, alinhadas em propósito com a conscienciologia.
Por que Foz do Iguaçu?

Foz é uma cidade de tríplice fronteira, o que traz grandes possibilidades de expansão; é uma cidade turística, que reúne pessoas do mundo inteiro; tem muito potencial energético natural. Além disso, é um território maculado por diversos problemas sociais, carente de assistência.
Conscienciologia tem a ver com a maçonaria?
Não tem nada a ver. As pessoas costumam confundir porque, no geral, não sabem muito sobre nem uma das duas instituições. Assim como a maçonaria, a conscienciologia é muito popular em Foz do Iguaçu e no mundo todo, mas as semelhanças acabam por aí.
Acreditam em Deus?
Não são ateus, e sim agnósticos, ou seja, não acreditam em nada, até que haja alguma coisa que possa comprovar. É parte do princípio da descrença.
Por basearem suas convicções em fatos e estudos, não têm esta questão sob seu foco, para resumir, não falam sobre Deus simplesmente porque não sabem nada sobre ele. Em vez de questionarem a existência de um ser criador do universo, acreditam que é mais coerente começar o trabalho pelo que pode-se ver e sentir de maneira mais próxima: o seu próprio eu.

Em conclusão, não creem no julgamento de valor que esta entidade criadora poderia vir a fazer sobre cada ação humana.
Também acreditam que um Deus poderia ter uma postura punitiva. Ligam essa crença ao histórico controle social empregado pelas instituições, religiosas ou não, desde a antiguidade.
Acreditam que provavelmente exista algo, de alguma forma, mas ainda não é possível provar. E também que a coisa mais importante sobre a existência de algo maior é a evolução das pessoas, que se dá por meio do carma de cada indivíduo.
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